sexta-feira, 4 de maio de 2012
Le Radeau de la Méduse (1818/1819) - Théodore Géricault
"Le Radeau de la Méduse" ou "A Balsa da Medusa", feito por Théodore Géricault aos seus 27 anos de idade, é um ícone do romantismo francês. A obra retrata o náufrago da fragata "Medusa" na costa da Mauritânia no dia 5 de Julho de 1816. O trágico episódio aconteceu após o embarque de cerca de 147 pessoas, em uma embarcação cuja solidez era duvidável, já que tinha sido construída às pressas. Apenas 15 foram os sobreviventes, que por sua vez foram vítimas de desidratação, fome, loucura e até mesmo canibalismo. O evento ganhou notoriedade, com muitos atestando a incompetência do Capitão da Fragata, o Visconde de Chaumereys. O incidente foi um grande motivo de vergonha para a Monarquia Francesa, à época sob o reinado de Luís XVIII. A composição pictórica da pintura é construída sobre duas estruturas piramidais. O perímetro do mastro grande à esquerda da tela forma o primeiro. O agrupamento horizontal de figuras mortas e morrendo no primeiro plano é a base a partir da qual os sobreviventes emergem, subindo para cima em direção ao pico emocional, onde as ondas de figuras centrais se movimentam desesperadamente em um navio de resgate. A atenção do espectador é o primeiro desenhado para o centro da tela, e então segue a direção do fluxo de corpos dos sobreviventes, visto de trás e para a direita. Uma linha horizontal única diagonal nos leva dentre os mortos na parte inferior esquerda, ao vivo no ápice. Duas outras linhas diagonais são usadas para aumentar a tensão dramática. Uma segue o mastro e seu aparelhamento e conduz o olhar do observador para uma onda que se aproxima e ameaça engolir a balsa, enquanto a segunda, composta de figuras que estão ao alcance, nos leva à silhueta distante do Argus, o navio que resgatou os sobreviventes. A paleta de Géricault é composta de tons de pele pálidos, e as cores escuras de roupas dos sobreviventes, o mar e as nuvens. Em geral, o quadro é escuro e depende muito do uso de sombras e pigmentos em sua maioria castanhos, uma paleta que Géricault acreditava ser eficaz em sugerir tragédia e dor. O trabalho de iluminação foi descrito como "Caravaggio", associando o artista italiano com o tenebrismo- o uso de contraste violento entre a luz e a escuridão. Mesmo o tratamento de Géricault do mar é silenciado, pintado em verde escuro, em vez dos azuis profundos que poderiam adquirir contraste com os tons da fragata e suas figuras. Na área distante, onde está o navio de resgate, uma luz brilhante ilumina a cena de outra maneira, por um castanho pesado.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
"Der Schrei der Natur" - Edward Munch (1893)
Pertencente à fase expressionista, "O grito" ou em norueguês Skrik, ou originalmente em alemão como dado pelo pintor "Der Scheri der Natur" - O grito da natureza, foi pintado por Edward Munch em 1893. O fundo é o Fiorde de Oslo, uma baía situada no sudeste da Noruega, vista da cidade de Ekeberg nas vicissitudes da capital de Oslo. O grito é um grito de agonia, originalmente, Munch o descreveu como o grito da natureza. Munch descreve que estava passeando com dois amigos, e que o céu de repente se avermelhou em cor de sangue, Munch segurou na cerca da ponte, viu aquele contraste do negro-azulado dos fiordes e o céu avermelhado, tremeu em ansiedade e sentiu um grito em sua infinitude passando pela natureza. Esta obra já foi alvo de tentativas de roubo e ontem, no dia 2 de maio de 2012 foi vendida por cerca de US$ 120 milhões no leilão Sotheby's de arte moderna e expressionista.
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Fra Angelico, Annunciazione (1435)
A "Anunciação" é uma obra de Fra Angelico, está exposta no Museo del Prado em Madrid. A cena é composta com outras duas obras, "anunciações", com algumas diferenças. Como a superfície é tripartida em três áreas (o jardim, o anjo do arco e o arco da Virgem). O jardim de flores alude a virgindade de Maria. As espécies de plantas e mudas, pintadas com grande cuidado, são relacionadas a símbolos católicos, como a palma da mão, aludindo o futuro martírio de Cristo e as rosas vermelhas, lembrando seu sangue. A presença de Adão e Eva acentua o ciclo de condenação da humanidade, reconstruído por meio da salvação em Cristo. Do canto superior esquerdo vem um raio de luz, através do espírito santo, iluminando a virgem, que se dobra de forma submissa, a aceitar sua nomeação.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
A Máscara de Ouro de Tutancâmon (1332-1323 A.C.)
A máscara de ouro de Tutankhamun (1332-1323 A.C.) foi encontrada pelo arqueólogo inglês Howard Carter em 1925. A máscara do faraó depicta Tutancamon vestindo os adornos na cabeça, as faixas de um azul turquesa opaco. O vulto de Nekhbet e a cobra Wadjet nos adornos são o símbolo do domínio que exercício nas regiões altas e baixas do egito. Estes ornamentos de ouro puro e sólido são decorados com faiança azul, vidros coloridos, cornalina, lápis-lazúli e quartzo translúcido. Os olhos de Nekhbet no entanto, estão faltando. A resplandecente máscara de Tutancâmon indica ser um retrato fiel do jovem faraó. Os olhos estreitos negros em quartzo branco, os lábios carnudos e nariz e queixo que são comparáveis aos traços que foram encontrados em sua múmia. Uma série de textos de teor mágico e obscuro foi feita com base na máscara, entre eles um feitiço no Capítulo 151B do Livro dos Mortos. A estátua invoca a proteção dos Deuses.
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Os Quatro Apóstolos (Dürer, 1526)
Albrecht Dürer pintou o quadro "Die Vier Apostel" ou "Os Quatro Apóstolos" no ano de 1526, sendo este seu último grande trabalho de pintura. O quadro ostenta duas lousas. Na parte de inferior do quadro, sentenças da Bíblia estão indicadas. Dürer presenteou esta obra ao prefeito da cidade de Nuremberg. Os apóstolos são identificáveis por seus objetos: João, com o livro aberto. Pedro com as chaves. Paulo com a espada e o livro fechado. Por ultimo São Marcos, com o pergaminho. Os quatro apóstolos também podem ser identificados por seu temperamento: Sanguíneo, flegmático, melancólico e colérico, respectivamente. Dürer fazia gravuras, pinturas, além de matemático e teórico de arte alemão, sendo um dos mais prominentes artistas do Renascimento nórdico, influenciando outros artistas e intelectuais do século XVI.
terça-feira, 24 de abril de 2012
O Banqueiro e Sua Mulher (Matsys, 1514)
Esta gravura, "O Banqueiro e sua Mulher" de 1514, pintada pelo holandês Quentin Matsys é uma das obras mais importantes da chamada "Escola de Antuérpia". Está exposta no Museu do Louvre em Paris. Alguns historiadores consideram esta obra o símbolo da ascenção burguesa. O trabalho de Matsys é famoso por conter um sentimento religioso forte, típico dos artistas flamencos, e é acompanhado de um realismo, que usualmente favorece o grotesco. Muita atenção às joias, objetos, espelhos e ornamentos em geral.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Pietà (Michelangelo, 1499)
Uma das mais famosas esculturas de Michelangelo, Pietà reluz na Basilica de São Pedro (Vaticano). Foi esculpida em mármore no ano de 1499. Nesta obra, Michelangelo abandonou o realismo cruel, em troca de uma visão idealizada, com admirável perfeição, em um esquema piramidal de composição, típico dos artistas renascentistas. Com 23 anos, Michelangelo havia esculpido uma das mais belas obras da humanidade.
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